sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O ALEPH

 

O ALEPH
Estive lendo o mais novo livro do Paulo Coelho.
Confesso que, após a leitura de alguma de suas obras, ou a maior parte delas, estive meio desmotivada com o autor. Creio ser sempre assim. Quando conhecemos bastante uma pessoa, suas frases já não nos provoca impacto, piadas já não divertem mais e caímos na rotina. Velejamos em outros mares, e para nossa surpresa, o amigo continua por ali, a margem, nos preparando outra surpresa, quando a saudade já nos permitir à aproximação. Creio ser esse o segredo dos relacionamentos.
O livro é uma delícia. Quem nunca saiu a procura de si mesmo, em busca do seu reino?
Adoçada por um amigo como Yao, com frases sempre que nos despimos de vaidade para ouvi-las.
“Devemos estar preparados para receber os ataques do inimigo e ser capazes de olhar nos olhos da morte para que ela ilumine os nossos caminhos”
Com o cenário da Transiberiana e suas paisagens ilustradas, que nos permite estarmos juntos naquele trem.
Com Hilal, aquela menina, que no momento que a conheci, sabia ser aquele o meu personagem. Me identifiquei de tal forma, que no final do livro, desejei também ter sido queimada na fogueira da inquisição em uma encarnação remota! Heroína do inicio ao fim, cheia de vontades, criança, mulher. Tem um trecho do livro, que à descreve, que foi escrito pra mim, li e sabia que alguma coisa dizia: - Ei é pra você, leia com atenção:
“Sabe quem se acha capaz de tudo? A criança. Ela confia, não tem medo, acredita em seu próprio poder e consegue exatamente o que esta querendo. Mas a criança cresce. Começa a entender que não é tao poderosa assim, que para sobreviver depende dos outros. Então ama, espera ser retribuída e, a medida que a vida vai avançando, deseja cada vez mas ser correspondida. Esta disposta a sacrificar tudo, inclusive seu poder, para receber em troca o mesmo amor que entrega. E terminamos onde estamos hoje: adultos fazendo qualquer coisa para sermos aceitos e queridos”
Lógico que a frase não é única.
O livro é para ser lido com um marca texto bem próximo às mãos, para que nada passe despercebido. Não daria para descrever aqui todos as frases sublinhadas. Principalmente as que descrevem o perdão, que são sensacionais. Transcreverei em outro tópico a beleza do perdão.
No final, aprendi muito, me emocionei, cresci. Compreendi um pouco mais da minha busca interior. Aprendi sobre os erros das encarnações passadas. Sobre culpa. Entendi um pouco mais os atores de minha vida e meus amores. Me tornei, enfim, uma pessoa melhor.
“É possível desviar do caminho que Deus traçou? Sim, mas é sempre um erro. É possível evitar a dor? Sim, mas você jamais aprenderá alguma coisa. É possível conhecer as coisas sem verdadeiramente experimenta-las? Sim mas elas nunca farão realmente parte de você.”

PS: óbvio que morri de vontade de fazer o exercício do anel, não o fiz por conta da afirmativa final do livro que diz: “qualquer volta ao passado sem o minimo de conhecimento do processo pode trazer consequências dramáticas e desastrosas” ...E disso eu estou legal!

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