quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mulheres que nunca seremos!


‎''Sou só mais uma vítima da Maldição das Mulheres Diretas. 
Faço parte da tribo que nasceu predestinada à essa sina de ser sincera, sem rodeios ou meio termos. 
Sofro, todos os dias, a desvantagem de não ter paciência pra fazer doce, que eles tanto reclamam, mas amam e se acham incríveis ao conquistar as tais "super difíceis". 
Pior, sou desfavorecida por não ser sonsa, e sonsas, todas sabem, são sempre sucesso e a pedida de quase sempre. 
A garota é mais rodada do que roleta de ônibus, já fez coisa que até Deus duvida, mas ela jura de pés juntos que você é o segundo cara da vida dela e era só isso que você precisava ouvir, como ela é linda e comportada, não é? É sim, que dó. 
Gente como eu, parte dessa saga de ser inteira, tem no sangue o impulso e em cada poro a natureza de ser verdadeira, custe o que custar. 
Nós já começamos a corrida bem atrás e tem milhões de obstáculos a mais pelo percurso. 
É que gente assim não espera, não se submete a virar peão de jogo, não diz amém pra qualquer regra, muito menos resiste a fazer o que estiver com vontade: seja uma sms, ligação, chamar no chat, falar sobre amor, um ex amor ou qualquer outra coisa. 
Minha tribo nasceu pra esgotar todas as possibilidades, é um desfecho da maldição. 
Pra cada fim, um recomeço mais doce, mais cínico e bem mais cara de pau, é o final de todas nós. 
Eu tô falando de quem se joga, e depois pensa, tá me entendendo? 
Tô falando da maldição mais deliciosa que qualquer um já tenha ouvido falar. 
Sorte a minha, sorte a sua, sorte a nossa. E de cada um que tiver a chance de nos segurar por aí, mesmo que por alguns minutos. 
Sem querer levantar bandeira, mas aposto que a sonsa vai descer na preferência!''

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